Vamos denunciar toda forma de violência
Edição nº 21 | Pra fazer um 2022 melhor, precisamos nos debruçar sobre o 2021 que tá acabando
Olá, descentralizers! Ingrid Figueirêdo na área, carioca chegando pela segunda vez nessa news maravilhosa. A gente tá que não se aguenta mais pra virar o ano, mas ainda tem muito trabalho sendo produzido por aqui! O tema dessa semana (e dos últimos tempos em geral) é a violência, inescapável, infelizmente. Mas o jornalismo tá aqui pra denunciar e buscar mudanças.
Esse 2021 não foi fácil e, com 2022 batendo na porta, já dá pra fazer alguns balanços sobre o ano. Então, vem comigo passear pelas matérias e #fé que o próximo ano vai trazer o vento das mudanças.
RV TÁ ON
Violência de classe
Começando pelos absurdos a que é submetida a população de baixa renda, Jean Albuquerque publicou no Uol TAB uma reportagem sobre o dia-a-dia dos moradores de Maceió que estão sem água encanada há 2 meses. A saga começou com (adivinha?) a privatização da distribuição da água, que era feita por uma estatal alagoana. A terceirização da água é um projeto antigo, e bem polêmico, que vem pipocando aqui e ali no país. Vale a pena ficar em alerta.
Violência com armas de fogo
Diretamente da Holanda, a paulistana Laís Martins escreveu para a Agência Pública sobre o aumento de roubos e extravios de armas de atiradores civis neste ano. A discussão sobre armamento da população ganhou força com a eleição de Bolsonaro em 2018 e, desde então, o número de armas “perdidas” só cresce.
A discriminação como violência
De Rio das Ostras, na região dos lagos do Rio de Janeiro, Nicole Geminiani emplacou uma pauta importantíssima no Projeto Colabora: as violências vividas pelas mulheres LGBTQIA+ diante da retomada de poder do Talibã no Afeganistão. A reportagem surgiu de um trabalho acadêmico de Nicole na disciplina de Laboratório de Jornalismo na PUC-Rio, mas ficou tão legal que ultrapassou os “muros” da universidade.
OFF | Essa foi a primeira reportagem publicada por Nicole e ela contou que estava super nervosa. Segundo ela, a importância e delicadeza do tema gerou uma certa ansiedade, mas o incentivo da professora a ajudou a seguir em frente no frila. Além do controle emocional, outra dificuldade surgiu no caminho: conseguir fontes internacionais que confiassem nela para dar declarações. “É difícil achar pessoas dispostas a falar sobre isso, elas têm muito medo”, conta.
Violência por dolo eventual?
Dezembro chegou chegando com a super repercussão do polêmico julgamento do incêndio da Boate Kiss no Rio Grande do Sul. A condenação dos 4 réus - dois sócios da boate, um produtor musical e um músico da banda que se apresentava naquela noite - saiu na sexta-feira passada, por dolo eventual. Leonardo Catto conversou com pessoas envolvidas na tragédia e publicou no TAB o drama que assolou a cidade no dia 27 de janeiro de 2013.
E Samara Wobeto mostrou, na Revista Arco da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), como um novo dispositivo digital criado por pesquisadores da universidade pôde ajudar os jurados a entender a situação vivida pelas vítimas do incêndio na boate Kiss durante o julgamento. O dispositivo reconstrói a estrutura interna e externa da boate, possibilitando ao júri entender o percurso dos sobreviventes em seus depoimentos. É a primeira vez que a ferramenta foi utilizada em um júri no Brasil.
É O PIPOCO!
Nem só de desgraça vive o brasileiro. Leonardo também falou, em outra matéria para o TAB, sobre a volta do futebol veterano de Santa Maria. Não tá ligada/o/e nessa tradição do futebol veterano? Então corre lá pra saber ;)
Literatura para ouvir
Na semana passada, Marcos André Lessa fechou a primeira temporada do podcast Situação Crônica trazendo no episódio final o lado cronista de Clarice Lispector e tá bem legal de ouvir. O podcast faz parte da plataforma de mesmo nome criada e produzida por Marcos e que tem, além dos conteúdos em áudio, newsletter e Instagram. Fica aí a dica do respiro do dia.
ZAPEANDO
O Environmental Reporting Collective (ERC) abriu inscrição para bolsas de reportagens investigativas sobre crimes ambientais. A ideia é financiar a colaboração de jornalistas e veículos de diferentes países para cobrir eventuais dificuldades em investigar crimes entre fronteiras. Os recursos variam de $1000 a $3000 dólares e as candidaturas são contínuas, ou seja, não têm prazo limite. Os demais requisitos para aplicação podem ser vistos aqui.
E vamos de curso 0800? O centro universitário FIAP liberou 20 cursos gratuitos com duração de 40 a 160 horas nas áreas de Tecnologia, Inovação e Negócios. Para se inscrever, basta clicar nesse link.
E atenção!! Tem oportunidade de trabalho pras fofoqueiras! A página Gina Indelicada abriu um mini processo seletivo pra “prestadora de serviço de bafões”. Informações para participar você acha aqui.
ENCONTRÃO RV (online) de fim de ano!
Bora confraternizar virtualmente, do jeito que a gente se uniu e se conheceu, pra fechar esse ano? Dia 20/12 Joana Suarez, nossa chefa, manda avisar que vai ter reunião on-line das 19h às 20h pra trocar ideias jornalísticas, falar de planos, novidades, comunicados, e pra fofocar também, que a gente adoraaa rs! Estão todos convidados pra chegar no Google Meet com a gente. O link será enviado no nosso grupo do Telegram e nas redes sociais da RV. Só vem com sua bebida e rostinho bonito!!!
É isso. Espero que você tenha curtido a curadoria desta edição e que esse timaço da RV te inspire a mergulhar no mundo dos frilas em 2022 também. Eu, que estou me formando nessa semana, já estou ansiosíssima pro ano que vem.
Para conversas de pautas, projetos e encontros descontraídos na Cidade Maravilhosa, chama aqui no Twitter. Nos vemos por aí!
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