Quantas tradições você conhece no Brasil?
Edição nº 20 | Pautas regionais indicam a diversidade de tradições que existem nesse grande país e, sobretudo, como fazem para mantê-las.
Muito bom dia, espero que teu dia tenha começado bem :) Eu sou Jeniffer Oliveira e essa é a terceira vez que escrevo pra Descentraliza (será que posso pedir música?) Dezembro chegou e com ele eu trago uma curadoria com aspectos regionais do jeitinho que eu amo, certeza que você vai gostar também. Você já deve ter percebido que a gente aqui é louco por café, né? Pois eu não vou fazer diferente. Pega um cafezinho gostoso, prepara o cuscuz e vem comigo nessa edição linda.
A RV TA ON
A gente sabe, o Brasil é um país de dimensões continentais e uma das coisas positivas nisso são nossos territórios ricos em diversidade de cultura e tradições. Danton Júnior fez uma reportagem muito massa para o projeto Colabora falando sobre as guardiãs de sementes crioulas que lutam para manter a preservação da cultura gaúcha. Essas sementes são cultivadas em propriedades do Rio Grande do Sul e sobrevivem por causa da agricultura familiar, tendo as mulheres principais executoras desse trabalho.
Quem também luta para manter as tradições é o Mestre Tuísca, lá de Goiás. Amanda Calazans entrevistou o mestre para o Nonada com a intenção de entender quais são os desafios de manter a cultura do Jango Iracema na cidade de Anápolis, em Goiás, que é majoritariamente evangélica. Essa manifestação cultural teve origem com os negros bantos escravizados no Brasil. Por conter ritmos africanos, a primeira roda aberta ao público, lá em 2012, gerou burburinho entre os pais dos alunos que na época faziam aulas com o mestre. Mas ele consegue lidar com esses preconceitos e manter a cultura viva. Vale muito a pena ler!
De Maceió, Géssika Costa fez uma matéria linda linda, pro Lunetas, falando da relação de crianças ribeirinhas com o Velho Chico. Ela foi até o sertão alagoano, onde passa o São Francisco para ver como os pequenos fazem o rio de morada e espaço de lazer. A conexão que os moradores da região, sobretudo as crianças, têm com este espaço, pode-se dizer que é mágica. É aquele tipo de história pra ter fé de que ainda tem jeito de manter as raízes com o passar do tempo, sabe?
E já falamos aqui da potente temporada Ritmos do podcast Cirandeiras, feito por Joana Suarez e Raquel Baster, mas como o tema é tradição vamos te indicar de novo porque tem episódio novo todo mês, o último será agora em dezembro, e elas já falaram de tanta manifestação cultural bonita neste país, mantida e liderada por mulheres. O EP de novembro foi sobre o Caboclinho pernambucano com a mestra Taisa.
É O PIPOCO
Na RV só tem “pipoco” e hoje vou destacar duas ferinhas que brilharam no curso “podcast: seu conteúdo para o mundo”, promovido pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos, em parceria com o podcast “As Amazonas” e a Associação de Jornalismo Independente (ABRAJI). Eu, Pedro Miranda e Jayanne Rodrigues, participamos desse curso. E deu RV na certa! Pedro e Jayanne ficaram entre os três melhores podcasters e levaram um celular como prêmio, foi lindo demais de ver. Os dois trouxeram programas narrativos que falam sobre seus territórios, você pode ir logo conferir o “Qué que tem essa história?”, de Pedro e o “Terra Roxa”, de Jayanne.
OFF| O curso aconteceu em quatro encontros no mês de novembro. Pedro Miranda contou que “mesmo já tendo feito outros cursos de podcast, esse foi diferente por conta da profundidade nos temas relacionados à ‘podosfera’”. Um outro diferencial foram os intercâmbios de experiências, as mentoras responsáveis eram do Norte e tinha muita gente de diferentes lugares do Nordeste em sala, sem contar com os profissionais conceituados da área. Em detalhes, ele conta que pôde “ter uma melhor noção do funcionamento do corpo quando estamos fazendo a narração, perspectiva de outros formatos. A experiência foi maravilhosa, ainda mais quando tive o meu episódio premiado no final da formação”.
E Amanda Louise estreou na Agência Mural falando da atuação dos agentes comunitários de saúde durante a pandemia na região de Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo. Ela conversou com esses profissionais para entender a rotina deles e como as mudanças impactam na saúde mental, tanto dos próprios profissionais, quanto dos moradores, que os vêem como uma escuta em meio as adversidades que estão passando.
ZAPEANDO
Com dezembro brilhando e 2021 dando tchau, vou trazer umas dicas para você começar 2022 arrasando nas produções jornalísticas. Preste bem atenção no que eu vou te falar! Se você quer construir uma carreira consolidada no jornalismo independente, não pode perder o Membership da RV. Joana Suarez foi muito boazinha e prorrogou as inscrições para o dia 10/01, ou seja, se você perdeu o prazo, ganhou quase um mês pra fazer a inscrição. Melhor que isso só se ela for aí escrever tuas matérias, rs. Existem alguns pré-requisitos e já adianto que o valor da mensalidade tá muito bom. Você consegue tirar todas as dúvidas nesse vídeo aqui e fazer as inscrições diretamente aqui.
A Fundação Gabo, em parceria com a Open Society Fundations (OSF), está com inscrições abertas até 20/01 para o fundo para investigações e novas narrativas sobre drogas. O programa vai oferecer 18 bolsas, de até US$ 6.000 cada, para jornalistas da América Latina. Os profissionais podem ser do Brasil, Colômbia, Equador, México, Paraguai e Peru. O massa é que você pode submeter a pauta como repórter freelancer ou empregado na mídia, então não tem desculpinha. Se você pensa em uma pauta legal sobre a temática conversa com Alice de Souza que ela tá listando os brasileiros interessados (vai de inbox)!
Agora vamos falar de prêmios? Trouxe dois legais para você submeter o teu trabalho. O primeiro, é o “Prêmio Lucas Dolega”, organizado pela Association Lucas Dolega, que está com inscrições abertas para fotógrafos profissionais freelancers, sem restrições de idade ou país. As inscrições vão até 15/12, são gratuitas e o prêmio é coisa finíssima: €10.000, uma exposição em Paris e uma publicação no álbum Repórteres sem Fronteiras. É só vantagem, se inscreve, custa nada tentar!
Uma outra boa opção, dessa vez para jornalistas que cobriram educação na pandemia, é o “Prêmio Paulo Freire”, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação - Consed. O objetivo é premiar reportagens com o tema “Educação Pública na Pandemia: inovação para manter a aprendizagem e o vínculo do aluno nas escolas das redes estaduais”. São seis categorias com 3 classificações cada, o valor do prêmio varia de acordo com cada posição: primeiro, R$ 7.000; segundo, R$ 5.000; terceiro, R$ 3.000. As inscrições também são gratuitas e vão até 10/01. Para ser elegível, as matérias precisam ter sido publicadas entre o período de 1º de março de 2020 até 10 de janeiro de 2022, você pode fazer a inscrição aqui.
E assim eu me despeço. Obrigada por ficar com a gente até o final! Você pode acompanhar mais sobre a Redação Virtual e a Descentraliza no instagram e no linkedIn. Aproveita para compartilhar essa news com teus amigos/as! :)
Um xêro, até a próxima!
Jeniffer
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