Dois meses da Descentraliza, tais gostando?
Edição nº. 10 | Simbora comemorar a décima edição com dicas, cultura, arte e ativismo!
Bom dia, boa tarde, boa noite! Como estás nesse comecinho de semana? Eu sou Jeniffer Oliveira e falo diretamente da terra do melhor carnaval do mundo, Olinda. Você já deve ter me visto por aqui, na 4ª edição da Descentraliza. Então, não vamos nos estender muito nas apresentações. Separa aquela macaxeira com charque e vem começar o dia saboreando essa edição!
Hoje, temos motivos para comemorar: chegamos a dez edições e dois meses desta newsletter maravilhosa - modéstia à parte. Conta pra gente o que estás achando da curadoria? Diz aí se teu olhar sobre as pautas do Brasil já descentralizou? O que tu descobriu nos lendo aqui?
Olha, é um prazer fazer parte dessa rede que, semanalmente, mostra formas diferentes de exercer o jornalismo com qualidade. Nossas mãos são muitas e a missão aqui é te apresentar novos olhares.
Pensando nisso, vou te servir com mais da cultura pernambucana, da luta por territórios tradicionais da Amazônia, além de dicas para escrever para o Yahoo Notícias… Vemtimbora!
RV TÁ ON
Eu não poderia deixar de começar falando do meu Nordeste! Já ouvisse falar de Miró da Muribeca? Ele é um ícone da cultura pernambucana e referência nacional da poesia urbana. Teve seu primeiro livro publicado em 1985 e segue até hoje levando sua arte para quem quiser vê-la. Como boa bairrista que sou, te apresento esse texto lindo chamado Cronista Lírico, da Erika Muniz para a revista Quatro Cinco Um, que é poesia pura. Se tu não conhece Miró, essa é a oportunidade perfeita!
A arte serve também para ajudar as pessoas a se soltarem mais. Se Miró encontrou na poesia uma forma de se expressar para o mundo, existem pessoas que utilizam o teatro para se destacar no mercado. Larissa Burchard escreveu a matéria “Teatro ajuda a driblar a timidez no mercado e potencializa comunicação” para o Estadão, mostrando como a pandemia despertou em profissionais a necessidade de se comunicar melhor para interagir na internet e como isso pode ter um resultado positivo.
Fotografia também é ato artístico, de registro e de denúncia. Bruno Tadeu lançou o episódio “a capital brasileira das queimadas” no podcast Afluente, e ele entrevistou o fotógrafo Edmar Barros, que foi ameaçado recentemente por estar fotografando uma região de queimadas na sua terra natal, o município de Lábrea, no Sul do Amazonas. Na conversa, Edmar conta da experiência de cobrir essa temática e destaca a ausência do Estado para combater os crimes ambientais.
Edmar resiste com a sua câmera e a marajoara Edel Moraes luta em defesa dos direitos das comunidades extrativistas na região Amazônica do Brasil. A história dessa mulher potente está na reportagem especial “filha da terra”, de Jéssica Brasil Skroch, para o Ecoa. O que seria da nossa natureza sem essa galera, né?
OFF| A Jéssica contou um pouco como foi o processo de produção desse perfil: “Eu escrevi sobre a história de Edel no projeto do Climate Tracker “Defensoras do Território”, que conta também com a produção e publicação de outros 11 perfis de mulheres latinoamericanas. Esta foi a minha primeira vez como bolsista de um programa internacional. Foi incrível poder trocar com jovens jornalistas do nosso continente, conhecer outras defensoras de territórios e aprender mais com jornalistas especializados em clima e ambiente.
A história de Edel realmente me marcou. Ela é um símbolo de força e determinação, uma vida dedicada às comunidades extrativistas. Mas, como ela diz, não se trata de uma escolha, é uma questão de sobrevivência. Os direitos dos povos tradicionais são constantemente violados. E o existir está diretamente ligado ao território. Edel repete incansavelmente que é preciso manter a floresta em pé, porque é ela que é rua, alimento, espiritualidade, casa. A floresta é vida, não apenas para os povos que ali vivem, mas para toda a humanidade.
É um privilégio enorme trabalhar como jornalista e ouvir pessoas tão inspiradoras como Edel. Histórias assim nos dão fôlego para continuar”.
É O PIPOCO!
Você já tá cansado(a) de saber que os jornalistas da RV são o “pipoco” e estão sempre fazendo coisas massas. Carina Gonçalves estreou recentemente na Universa, editoria da UOL, que fala de empoderamento feminino e histórias inspiradoras. Nessa matéria, ela contou a história de Isabela e Thais, casal que se viu buscando alternativas para conseguir grana na pandemia e teve a ideia de fazer um trabalho massa: velas em formato de corpos femininos reais.
Mas, ei! Assume que tu já se consultou pelo google... O Mauricio Genorasso fez um colab para o site institucional da Uninter e graças às dicas da oficina Jornalista Independente (inclusive, tem lista de espera para a próxima edição) conseguiu vender a pauta para um jornal de Curitiba. Na matéria Dr. Google sabe tudo? Os prós e os contras do uso da tecnologia na medicina, eles falam que 26% da população brasileira tem a plataforma como primeira referência médica. Já se discute, inclusive, o termo cibercondríacos -- pessoas que relacionam qualquer dor a um diagnóstico grave da web, já pensasse?
ZAPEANDO
Quem não gosta de uma diquinha? Em julho, logo no comecinho do projeto da Descentraliza, os integrantes da Redação Virtual foram convidados pela Énois Conteúdo para uma reunião com o pessoal do Yahoo Notícias. Eles conversaram sobre a linha editorial e como o portal trabalha no recebimento de pautas freelas.
E não é que o Adriano Alves aproveitou todas as dicas e oportunidades de vender pauta pra eles? Ele nos contou um pouco dessa experiência, então presta atenção na palavra do colega: “O interessante do Yahoo é a possibilidade de sugerir factuais, pois o contato com os editores é feito através de um grupo de Whatsapp que eles criaram com todos que participaram da videochamada, um canal com respostas mais imediatas do que os tradicionais e-mails. Uma pauta que fiz, sobre apreensão de drogas pela PRF no polígono da maconha, foi sugerida e o texto fechado ainda pela manhã. A contratação e o pagamento é feito através de um sistema online e bem organizado”.
Não pense que é só de factuais que vivem os freelancers lá, Adriano diz que “eles têm editorias como finanças e outras, e lembro que no encontro virtual citaram que recebem pautas diversas como direitos humanos e propostas audiovisuais”.
Falando em ideias legais, o IJNET lançou cinco truques para turbinar seu Twitter. De acordo com o relatório State of Journalism 2021, feito pelo Muckrack, 76% dos jornalistas consideram o Twitter a rede social mais valiosa. Portanto, seja um freela antenado: melhore suas threads, destrave a busca reversa e use o Twitter Moments. As outras dicas você confere no link da matéria.
Eu vou finalizar da mesma forma que comecei, falando do meu país Pernambuco! Estão abertas as inscrições para o Prêmio Sesc Guadalupe de Fotografia “Natural de Pernambuco”. O projeto vai selecionar 30 imagens que expressem a identidade pernambucana, você pode se inscrever até o dia 1º de outubro. O legal é que as representações podem ser na arte, na cultura, nas belezas naturais, vale soltar a criatividade. Os selecionados e selecionadas vão receber R$ 1,5 mil, um voucher de diárias no Hotel Sesc Guadalupe, localizado no município de Sirinhaém, Litoral Sul de PE, e as fotografias ganhadoras ainda ficarão expostas nesse mesmo hotel. Vê que massa!
Eita, quase que não acaba… Por hoje é só, colega. Espero que tenhas gostado. Comente, sugira algo ou mesmo critique, queremos saber tua opinião. Até a próxima. Ah! Criei vergonha na cara e reativei meu Linkedin, então se quiser acompanhar meu perfil —ainda com pouca movimentação—, é só seguir. Um xêro grande!
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